O VASO RACHADO

15/06/2011 11:38

 Um carregador de água na Índia tinha dois grandes vasos que colocava nos extremos de um pau que ele levava acima dos ombros. Um dos vasos tinha uma rachadura, enquanto que o outro era perfeito e entregava a água completa ao final do largo caminho a pé, desde o riacho, até a casa de seu patrão.

                  Quando chegava, o vaso rachado só continha a metade da água. Por dois anos completos, isto foi assim diariamente. Desde logo, o vaso prefeito estava muito orgulhoso de seus resultados. Era perfeito para os fins para o qual fora criado.

                  Porém, o pobre vaso rachado estava muito envergonhado de sua própria imperfeição e se sentia miserável porque só podia conseguir a metade do que se supunha devia fazer. Depois de dois anos, falou ao aguador, dizendo-lhe: “Estou envergonhado de mim mesmo e quero me desculpar contigo”... “por quê”? Perguntou-lhe o aguador.

                  Porque devido ás minhas rachaduras, só podes entregar a metade de minha carga. Devido ás minhas rachaduras, só minha rachaduras, só obténs a metade do valor do que deverias”.

                  O aguador ficou muito enternecido pelo vaso e com grande compaixão lhe disse: “quando regressarmos á casa do patrão quero que notes as belíssimas flores que crescem ao largo do caminho”.

                  Assim o fez e, com efeito, viu muitíssimas flores belas ao longo de todos o caminho, porém de todo modo se sentiu muito triste porque ao final só levava a metade de sua carga. O aguador lhe disse: “te desde conta de que flores só crescem no lado do teu caminho? Sempre tenho sabido de tuas rachaduras e quis obter vantagem delas, semeei sementes de flores ao longo de todo o caminho por onde tu vais e todos os dias tu as têm regado. Por dois anos eu tenho podido recolher estas flores para decorar o altar de meu Mestre. Se não fosse exatamente como és, Ele não teria tido essa beleza sobre a sua mesa”.

                  Cada um de nós tem suas próprias rachaduras. Todos somos vasos rachados, porém se permitimos a Jesus utilizar nossas rachaduras para decorar a mesa de seu pai... “Na grande economia de Deus, nada se desperdiça”.