O TESTE DA BALANÇA

14/06/2011 17:15

 Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado em seu rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário (conhecido pelo seu jeito grosseiro) e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar; e que tinha sete filhos para alimentar.

                  O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade de sua família, ela implorou: “por favor, senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...” Ele respondeu dizendo que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.  Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia á conversa entre os dois, aproximou-se do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta.

                  Então, o comerciante, meio relutante, falou para a pobre mulher: “Você tem uma lista de compras?”  “Sim” , respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar eu lhe darei em mantimentos”.A pobre mulher por uns instantes e, com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo. Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: “não posso acreditar!” O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não se equilibrava, ele continuou colocando mais mantimentos, até não caber mais nada.

                  O comerciante ficou ali parado, olhando para a balança por um instante, tentando entender o que havia acontecido... Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: “ Meu Senhor, tu conheces as minhas necessidades e eu estou deixando isto em tuas mãos...” O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio: ela agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: “Valeu cada centavo...” Só mais tarde o comerciante reparou que a balança havia quebrado; só Deus sabe o quanto pesa uma oração...